domingo, 15 de abril de 2012

Gratidão

Enxergando novas possibilidades
Doris Defour Henry

Era uma vez uma mulher de nome Rengetsu.
Ela estava em peregrinação, e um dia, ao por do sol, chegou a uma vila.
Cansada e com fome, pediu hospedagem em uma casa. Foi-lhe negado o
pedido. Bateu numa segunda casa, numa terceira, numa quarta.
Todos os moradores fecharam-lhe suas portas. Até que Rengetsu desistiu
de insistir. Para uma pessoa determinada não é muito fácil desistir de insistir.
Foi justamente quando olhou em volta e encontrou uma cerejeira dos campos
decidindo fazer dela o seu abrigo. Era primavera, fazia frio, havia muito risco,
animais selvagens, mas ela adormeceu ali aconchegada nas suas raízes.
À meia noite, sentindo muito frio, acordou e viu no céu noturno da primavera,
iluminado pelo prateado da lua, um pouco coberto pela névoa, um grande
espetáculo da natureza: Todas as flores brancas da cerejeira tinham se tornado
completamente abertas, exalando um doce perfume.
Tomada por tamanha beleza, Rengetsu levantou-se e fez uma reverência em direção
à Vila, saudando os moradores, com gratidão:

- "Por sua enorme bondade em me recusarem hospedagem, encontrei-me sob essas
flores, sob esse luar em névoa, nesse absoluto silêncio da noite."

Rengetsu compreendeu, então que uma porta aparentemente fechada, pode esconder
uma abertura para outras oportunidades. Basta para isso, mudar o ponto de vista!
a vista de um ponto, que permite olhar o problema por ângulos ainda não contemplados.
E aprendeu, mais uma vez que uma dor nova, diferente das já vividas no passado, mostra que o aprendizado é infinito.

Um comentário:

Barbara Sancho disse...

Voltei com o blog amiga!!
sou eu Babi !!

www.barbarasancho.blogspot.com