terça-feira, 1 de março de 2016

Como depender?

Estou lendo um livro sobre oração.
Parece que há anos sou chamada por Deus para ir além na vida devocional, mas sempre me sinto aquém do q se espera de mim. Ou do que eu  acho que poderia oferecer...

Bom, mas o livro é extremamente prático e tem me ajudado a avançar. Um trecho que li hoje me lembrou o post Ballet e dependência que escrevi em 2013. Eis o trecho:

DUAS ABORDAGENS MAL ORIENTADAS
No entanto, alguns de nós relutam em abrir-se para a orientação de Deus. Talvez conheçamos cristãos que afirmam viver assim, porém a abordagem deles não nos deixa à vontade. Parece que fizeram uma lobotomia intelectual em si mesmos, e ficam esperando que o Espírito Santo escolha suas meias de manhã e o restaurante para o jantar. Afirmam vivenciar uma orientação por hora, uma visão por dia, um milagre por semana.
Minha preocupação é que estas pessoas têm a mentalidade tão celestial que são de pouca utilidade aqui na terra. O que elas tentam mostrar como direção divina não passa, na verdade, de uma forma de irresponsabilidade bem humana. Conheci, certa vez, um pastor com mentalidade celestial. Ele ficou pasmo ao saber quanto tempo eu usava preparando cada sermão que pregava. Em geral gasto de dez a vinte horas lendo, estudando, orando e fazendo três esboços para cada sermão. Este pastor exclamou: "Você se dá a todo esse trabalho? Eu simplesmente vou para o púlpito e aguardo um milagre!"
Fui tentado a perguntar se a congregação via seus sermões como milagres. Não me entenda mal. Como expliquei no capítulo sobre a oração que move montanhas, tenho visto Deus realizar milagres de transformação de vidas no púlpito, mesmo no meu púlpito! Acho, porém, errado, você enfiar as mãos nos bolsos, seu cérebro em uma gaveta, pular da torre e esperar que Deus o segure porque você já está caindo.
Algumas pessoas, no entanto, vão para o extremo oposto quando se trata de ouvir a voz de Deus. Em uma reação à óbvia interpretação errada e abusos do ministério do Espírito Santo, muitos cristãos correm na direção contrária, tornando-se adversários do sobrenatural.
Para esses racionalistas modernos, a inspiração do Espírito Santo vai contra a natureza humana e os padrões de pensamento convencionais. Acostumados a andar pela vista, a controlar o próprio barco e a tomar decisões unilaterais, eles são escrupulosos quanto a permitir que o Espírito Santo inicie um ministério sobrenatural em suas vidas. Gostariam que o pacote fosse um pouco mais bem feito; que seu ministério fosse quantificado e descrito. O Espírito Santo parece indefinível e misterioso, o que os deixa nervosos.
Assim, quando sentem uma orientação que poderia vir do Espírito Santo, eles resistem. Depois de analisá-la, concluem: "Não é lógico, portanto, não vou prestar atenção a isto."

Do livro: Ocupado demais para deixar de orar

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